​​​3.1.2 - O papel das estratégias nacionais

A Declaração Maia, enfatizando a necessidade de partilha de conhecimento e troca de experiências entre múltiplos atores, reforçou o interesse dos países membros da AFI em desenvolver e implementar estratégias nacionais de inclusão financeira. Essas estratégias são vistas como essenciais para que se tenha uma visão clara em âmbito nacional, um framework amplamente aceito e uma estrutura organizacional robusta para facilitar o desenvolvimento e a implementação coordenada de políticas e reformas. Uma estratégia nacional com metas claras pode fornecer o suporte necessário à coordenação entre o setor público e o privado e um quadro organizado para implementação de políticas e regulação voltadas à inclusão financeira.

Apesar de existirem diferentes formas de desenvolvimento desse tipo de estratégia nos diversos países, há, em geral, pelo menos os quatro estágios seguintes.

Estágio 1 – Fase de diagnóstico, na qual tanto os dados da oferta como os da demanda são reunidos e analisados, para se obter o panorama mais preciso do atual status da inclusão financeira.

Estágio 2 – Formulação da estratégia, na qual são estabelecidas uma definição e uma visão em comum, preferencialmente por meio de um processo de consulta com os setores públicos e privados envolvidos. Essa estratégia geralmente inclui um plano de ação com metas e prazos.

Estágio 3 – Implementação da estratégia, incluindo a promulgação de reformas identificadas, a resposta do setor privado e, geralmente, a adoção de um mecanismo de coordenação, como um Grupo de Trabalho Nacional ou Conselho para supervisionar o progresso.

Estágio 4 – Monitoramento e avaliação, com a mensuração de indicadores fundamentais para determinar se a estratégia está no caminho certo e a identificação de eventuais melhorias ou medidas adicionais necessárias.